quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Emissões de dióxido de carbono, necessidade ambiental


Governos consideram acelerar a redução no uso de carbonos (HCFC), químicos utilizados para substituir a substância conhecida como CFC, mais danosas ao ozônio. A proposta foi apresentada em uma reunião internacional em Montreal, Canadá. Novas avaliações técnico-científicas indicam que deixar de utilizar os HCFCs e seus subprodutos fará mais do que auxiliar na recuperação da camada de ozônio. A aceleração na redução do uso dessas substâncias também contribuirá significativamente para o enfrentamento de outro importante desafio ambiental: as mudanças climáticas. Nove países desenvolvidos e em desenvolvimento – um número recorde de adesões – apresentaram seis propostas diferentes que serão debatidas por até 191 partes e governos no encontro a ser realizado na cidade canadense entre 17 e 21 de setembro

. As negociações ocorrerão durante as celebrações do 20º aniversário do tratado mundial sobre ozônio, o Protocolo de Montreal. O Protocolo foi uma resposta à crescente preocupação internacional quanto ao surgimento de um buraco na camada de ozônio sobre a Antártida, a partir do uso de substâncias redutoras da concentração de ozônio em produtos que abrangem desde latas de spray a equipamentos de combate a incêndio. Os HCFCs, promovidos por mais de uma década como substâncias menos danosas do que os CFCs tornaram-se populares em produtos como sistemas de refrigeração, ar-condicionado e espumas. Sob o Protocolo de Montreal, o tratado das Nações Unidas adotado em 1987 para a proteção da camada de ozônio, os HCFCs devem estar em desuso até 2030 nos países desenvolvidos, e até 2040 nos países em desenvolvimento. Entretanto, cientistas e diversos governos estão estudando uma série de opções para desencorajar mais rapidamente o consumo e a produção desses químicos substitutos e antecipar a fase de inutilização em cerca de dez anos.

 As pesquisas apontam que a aceleração na redução do uso de HCFCs pode diminuir cumulativamente as emissões de dióxido de carbono em 18 a 25 bilhões de toneladas métricas (18 a 25 gigatoneladas) durante as próximas décadas, dependendo do sucesso dos governos em encorajar novas alternativas de menor prejuízo ao ozônio e ao clima. A redução representa anualmente um corte que equivale a mais de 3,5 por cento de todas as emissões de gases causadores do efeito estufa no mundo.